7 de nov. de 2007

Dos exemplos que vemos pelo mundo afora

A Singapore Airlines esteve em voga nas últimas semanas por conta de duas notícias: a primeira sobre o vôo inaugural do A380, o avião gigante da Airbus, e depois por proibir a furnicação dentro das luxuosas cabines de casal (aliás, mór sacanagem. Quer dizer, mór não-sacanagem! Preparam o terreno todo, servem várias tacinhas de champanhe e na hora H não pode nada?)

Mas não era sobre isso que eu queria falar.

Queria falar que, em Paris, conheci um piloto aposentado da Singapore Airlines. Sujeito muito simpático, contou várias histórias de piloto (porque piloto tem muuuuuito mais história pra contar do que pescador), todo orgulhoso por ter trabalhado naquela empresa. Entre um gole e outro de vinho, contou que, certa vez, o presidente da companhia tinha uma reunião urgente e importantíssima em Los Angeles, mas o vôo que saía naquele noite estava completamente lotado. O que ele fez?

Não, brasileiros!

Ele não ofereceu dinheiro para ninguém da primeira classe, não deu bônus para ninguém da executiva e não expulsou ninguém da econômica.

Ele viajou trocentas horas no jumpseat da cabine da aeronave! Isso mesmo, todo torto e encolhido naquele banquinho safado. Para o presidente, era inconcebível importunar ou maltratar qualquer cliente para que ele pudesse estar em LA no dia seguinte. Bem diferente dos absurdos aeronáuticos que vemos no Brasil ultimamente, não é mesmo?

Bom, mas é por isso que a Singapore consegue bancar um A380 e as nossas companhias estão quebrando uma atrás das outras...

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