29 de abr. de 2008

A gata de botas

Eu tenho uma certa implicância com botas aparentes. Sei lá, sempre acho uma coisa over demais. Quando uso, normalmente é por baixo da calça jeans num dia de chuva. A bota mesmo, ou o cano, nunca aparece. Nunca consegui usar botões com naturalidade, sem achar que estou saindo pra dançar numa jaula.

São dois fatores bem específicos que me fazem não gostar de botas em mim. O primeiro: eu tenho pernas grossas demais, logo botas não me favorecem. Parece que tenho duas mandiocas gigantes abaixo do quadril. O segundo: Rio de Janeiro. Não dá pra usar, mesmo nos dois dias de frio do ano. Imaginem a combinação: shortinho e botas? sainha e botas? Qualquer pessoa que use botas no Rio está mais pra chacrete ou paquita do que pra qualquer outra coisa.

Só que agora eu tô no Sul. Aqui as pessoas usam botas no inverno. E eu não sei até onde vai meu preconceito e onde começa a falta de noção das pessoas. Por isso, vou fazer minha listinha de itens e dúvidas. Um dia, quem sabe, elas serão esclarecidas e eu rosetarei por aí com um belo par de botas leeedas de morrer. Vamos lá:
  • Botas brancas - cafonice real ou preconceito meu?
  • Botas longas com cadarcinho na frente - coisa de gatosa (gata idosa) ou realmente staile?
  • Botas estilo militar, pesadas, com cadarço na frente, pode ter tachas ou não - só em show de heavy metal ou tendência?
  • Botas com solão spice girls - até onde o conforto vale a pena?
  • Botas estilo cowboy - o fato das tops e celebrities usarem nos dá credenciais para usar também?
  • Botas com pelinhos na parte de cima do cano - aqui pode ou só no Alasca?
  • Botas tipo 7 léguas - é só pro jardineiro ou também é fashion?
  • Botas de verniz - posso mantê-la por mais de um inverno ou vai pro lixo no ano que vem?
  • Botas acima do joelho - ???

25 de abr. de 2008

Happy hour??

Vou te dar um aviso: se você mora no Rio, mas está pensando em se mudar para Porto Alegre, não venha. Sabe happy hour? Aquele choppinho de quinta ou sexta-feira com os colegas de trabalho? Aquele mesmo, para relaxar e falar bobagem, sabe? Pois é, você nunca mais participará de um happy hour. Você terá que beber sozinha, com o namorado ou marido, ou ligar para seus amigos de infância. Ou então, como eu, ligar pros amigos igualmente expatriados, pois o conceito de happy hour como um chopp depois do trabalho não existe em Porto Alegre.

Em dois anos e meio aqui, eu só participei de um happy hour. UNZINHO apenas. UM EM DOIS ANOS E MEIO. Eu não consigo entender. As pessoas são divertidas, agradáveis, então porque elas não conseguem tomar um simples chopp depois do trabalho? Ou será que as pessoas não são divertidas ou agradáveis, elas são falsas e me odeiam, e marcam happy hours escondidas e nunca me convidam?

Sei lá, só sei que se você gosta de um happy hour, não venha para cá.

22 de abr. de 2008

Estarei eu me desacostumando com o Riiio?

Minha mãe diz que estou falando com sotaque gaúcho. Os amigos gaúchos riem de tal afirmação e ainda sacaneiam meu sotaque carioca. Eu digo que isso não tem a menor importância para mim. Ou será que tem?

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Vou a um bar que eu gosto bastante, com um chopp espetacular. Um daqueles botequins-hype, sabe? Me arrumo, não muito. Jeans e blusinha de linha com listras em prata, maquiagem leve, cabelo preso, perfume suave, bolsa e sadália alta combinando. Ainda assim me senti completamente overdressed. Uma sensação que sorfi uma lobotomia na Padre Chagas. Havaianas e camiseta regata já!

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Sábado, início da noite, Linha Amarela, indo da Barra da Tijuca em direção à Ilha, vejo um engarrafamento no sentido inverso*. Mais tarde, pego a Linha vermelha da Ilha em direção à ponte. Sinto uma tontura, um início de pânico rapidamente controlado com pensamentos repetitivos: "tá tudo bem, tá tudo bem". Isso nunca me aconteceu antes. Estou ficando medrosa ou a anestesia tá passando?

* No dia seguinte lá está a matéria no jornal, de um empresário que fora assassinado na entrada de Bonsucesso. Ou seja, tudo normal no Rio de Janeiro.

Mammy

Meu lado maternal aflorou quando li a Vogue Kids desse mês. E isso não é uma piada!

A propósito: só tive sensação semelhante quando visitei a loja da Cacharel infantil em Paris.

18 de abr. de 2008

Não pode ser verdade

Tenho a suspeita de que o tal do São Pedro deve estar de sacanagem comigo. Porque faz muito tempo que eu não consigo ir pro Rio num final de semana de sol. As duas últimas vezes foram de chuva sem parar. E a previsão deste feriado é de mais chuva. Muita chuva. Aff...

Qual é o favorito?

Hoje um colega de trabalho pergunta para mim de sopetão: se você pudesse se teletransportar agora, para onde você iria, e por quê?

Parei. Não sei, não tenho a menor idéia. São tantos lugares que eu gostaria de conhecer que realmente não saberia responder. Aí vem o senso prático: talvez o Thaiti, só mesmo para poupar as inúmeras horas que passaria dentro de um avião para chegar lá. Ou Japão? Ou Bali? Ou Nova Zelândia?

Fiquei pensando, pensando, e me lembrei de uma outra pergunta que sempre me trava: qual é a sua cor favoria? Gente, eu NÃO tenho uma cor favorita. Eu gosto de quase todas! Essa é uma pergunta tão difícil para mim que chega a me deixa angustiada. Como uma pessoa não tem uma cor favorita? Será que eu sou normal? Para onde vão as pessoas que não têm uma cor favorita?

E o pior que essa maldita pergunta me persegue. Outro dia, abri uma revista Nova velha (hehe, perdoem o trocadilho) com aqueles testes ridículos (mas que a gente sempre faz quando tem tempo) e lá estava a pergunta. Ah, que saco! Desisti... Aí, na semana seguinte, vejo um teste bobinho na iternet, e a pergunta de novo (em inglês, porque cor é uma coisa meio assim, universal): What's your favorite colour? Esse eu respondi porque tinha uma opção "all of them".

Comecei a pensar em outras perguntas sem resposta que sempre me fazem, como qual o seu restaurante favorito (são muitos, depende do que eu quero comer na hora), se você prefere jóias prateadas ou douradas (os dois! depende da roupa e do meu humor), se você prefere verão ou inverno (prefiro o verão no Rio e o inverno em Porto Alegre), qual sua música favorita (acho que eu tenho umas 100 músicas favoritas).

E agora? Será que só eu sou assim? Você é assim também? Sou normal???

15 de abr. de 2008

Update

Faz tempo que não dou as caras por aqui, né? É que tinha um grande projeto para entregar, depois tinha uma gripe fortíssima, depois tinha cólicas, depois tinha enxaqueca. Depois que não tinha assunto.

* * *

Aproveitei as 72 horas que não pus os pés fora de casa para começar a minha maratona Sex and the City pré-filme. Rever os episódios do DVD em seqüência com 38º de febre e chuva torrencial lá fora não era uma opção, mas...

* * *

Desisti de ir a um casamento no interior do Paraná. Queria muito ir, mas ia ser uma correria tão grande que arreguei. Tudo bem que tinha ainda Foz e compras como um plus a mais, mas eu tô muito cansada pra pegar mais de 12 horas de ônibus.

Na verdade, me caiu uma ficha: eu fico mais incomodada em viajar de ônibus do que de avião, mesmo com o "caos aéreo". Acho infinitamente mais perigoso.

Daí que aproveitei que o marido vai pro Rio a trabalho e comprei minhas passagens. Passar feriado com a mamãe, 2 horas de avião, chamego, abraços, comidinhas favoritas, conforto. De vez em quando, um colo é tudo que a gente precisa.

3 de abr. de 2008

Só pra constar

Que aqui em Porto Alegre a gente passa do babydoll de alcinha pro pijama de flanela em três dias.

2 de abr. de 2008

O óbvio ululante

Marido, vegetariano de nascença, me dando explicações sobre o café da manhã na firma:

- Segunda, terça e quinta, é só pão com margarina. Quarta tem queijo e sexta tem presunto. Aliás, presunto não! Um apresuntado bem fajuto!!!

- Ah é? (PAUSA: ele falou esta frase com uma propriedade tão comovente que eu até esqueci que ele é vegetariano. Aí caiu a ficha) Ué, mas como você sabe a diferença entre presunto e apresuntado??? E como você sabe que o apresuntado é fajuto.

- Óbvio que é pelo preço, né? Uma coisa que custa 4 reais o quilo não pode ser boa coisa.

- Gargalhadas.